Pouco conhecido ainda no Brasil, o Corfebol estimula a quebra de paradigmas do esporte competitivo e vira ferramenta nas aulas de matemática.
Da junção do Handebol com o Basquete, nasceu o Corfebol, criado pelo professor de educação física Nico Broekhysen, em 1902. Sendo um dos raros esportes coletivos mistos, o Corfebol é o quarto mais popular na Holanda, onde surgiu, atualmente é praticado em 51 países, sendo o Brasil o 41º primeiro país e o primeiro país sul americano a ter equipe formada através de seu representante e divulgador o Professor Marcelo Soares ("Marcelo Corfebol"). Tem como grandes potências a própria Holanda, além de Bélgica, Portugal, Alemanha, República Tcheca, China, Australia e Inglaterra.
Já nas Olímpiadas de 1920 e 1928, o Corfebol foi apresentado como demonstração e está sendo avaliado a sua participação pelo Comitê Olímpico Internacional como esporte de demonstração na próxima Olímpiada na China(2008). Nos dias de hoje, além de conseguir atrair novos adeptos a cada dia, este esporte tem função muito importante nas escolas onde vem sendo praticado, desenvolvendo o gosto pela estratégia, cooperação e a integração de todos os participantes.
APRENDENDO O JOGO
No Corfebol, vence a equipe que marcar mais pontos, introduzindo a bola na cesta, como no basquete. As equipes são compostas de 8 jogadores (4 homens e 4 mulheres, divididos em casais a bola utilizada é a de Corfebol oficial, mas podendo também ser utilizada a de futebol nº 5, de mesmo peso e medida.
A dinâmica do jogo exige que cada homem so marque outro homem e cada mulher outra mulher (marcação individual 1x1). No Corfebol, não é permitida a marcação 2x1, nem a marcação entre sexos opostos e consequentemente o contato físico não é permitido. Jogadas "normais" em outras modalidades, no Corfebol passa ser considerado falta, ou seja, o Corfebol preconiza a marcação sem contato físico, melhor aproveitamento do espaço em função de tentar se livrar da marcação.
Para que todos exerçam os diversos papéis necessários para o jogo, a cada duas cestas, defensores viram atacantes e vice-versa. Segundo o profissional Guilherme Borges Pacheco (CREF 002571) Coordenador da Universidade Gama Filho (UGF), "esta troca de funções dá ao praticante maior experiência tática e motora".
O Corfebol tem outra especificidade: Quem recebe a bola deve parar e passar a bola ao colega do time, não se pode quicar a bola, driblar o adversário ou correr com a bola na mão. "Isso impede que um jogador 'fominha' tente resolver o jogo sozinho", diz o Professor Marcelo Soares (CREF 004076).
Ele conta que há algum tempo estava com dificuldades de integrar as crianças da comunidade carente Fernão Cardim (RJ) e resolveu apresentar novo esporte ao grupo. " O aluno tem que aprender a se deslocar sem a bola, aproveitando melhor o espaço", explica o professor Soares, não pode haver jogadas agressivas e o jogo é 100% coletivo realizando a integração de meninos e meninas.
O corfebol é uma oportunidade para quem ja foi excluído das demais modalides esportivas conhecidas, já que "força e tamanho não são essenciais", diz o Prof. Soares. A iniciativa deu tão certo que hoje o Corfebol faz parte do currículo dos alunos do ensino fundamental em cerca de 10 escolas do bairro do Méier (Rio de Janeiro), onde Soares atua, o esporte já vem sendo praticado em regiões de São Paulo e Minas Gerais com muito sucesso onde professor Marcelo Soares vem realizando palestras, clínicas, etc, "Nossa meta e fazer o Brasil uma potência do Corfebol Mundial".
Como nenhum jogador pode tocar no adversário para roubar a bola (marcação sem contato físico)o esporte cria uma relação de interdependência e respeito entre os colegas do mesmo time no caminho até a cesta, além de juntas traçarem uma estratégia, as crianças conversam entre si, para marcar pontos. " É um estímulo ao raciocínio" diz Soares.
ABRINDO ESPAÇOS E AMPLIANDO HORIZONTES PROFISSIONAIS
A prática do Corfebol conquistou também um lugar cativo em salas de aula. É o que acontece no Centro Educacional Lins (Rio de Janeiro), onde as crianças de 1ª a 4ª Série aprendem matemática com as regras desse esporte. Ao perceber de alguns alunos para entenderem conceitos matemáticos, como números pares e impares, tabuada e ordens crescente e decrescente, Professor Marcelo Soares adaptou tópicos da disciplina às regras do jogo. Na partida quando fazem uma cesta, por exemplo, os alunos dizem em voz alta se o número da pontuação é par ou impar. "Isso facilita a absorção de assuntos que precisam de memorização", afirma a professora de Matemática da escola Andrea Iavecchia Villardo.
INTEGRAÇÃO, INCLUSÃO E MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS
O Corfebol se destaca também por estar ao alcance de todos. Obesos, pessoas portadoras de necessidades especiais, excluídos das demais modalidades esportivas por não possuírem habilidade motora específica, coordenação motora, uma vez que o os deslocamentos nao exigem grande velocidade e não há disputa de força, ou seja, corfebol e um jogo recreativo, mas também pode ser esporte de alto rendimento como é praticado em todo mundo. "Por onde aprensento o corfebol, consigo fazer o segundo esporte de preferência, o corfebol se fortalece principalmente como esporte escolar, além de auxiliar como ferramenta pedagógica para os professores de educação física. O índice de atestados médicos solicitando a exclusão de alunos nas aulas de educação física diminuiu, por que as crianças se sentem incluídas na equipe. "No corfebol não há testes... todos são bem vindos, o jogo é que se adapta a realidade do praticante... existem regras pedagógicas para alcançar esse objetivo diz Soares. Além disso, o equípamento - composto basicamente por duas cestas e uma bola - é simples se adapta a qualquer espaço.. "Quando chove, realizamos a aula dentro da sala e pode-se usar até um balde sem fundo e uma bolinha de jornal ou de meia, Corfebol é uma filosofia que transcende a quadra.
Como é sabido, para um esporte tornar-se olímpico, o Comitê Olímpico internacional (COI) exige que seja praticado em pelo menos 50 países. Atualmente o corfebol possui 51 países praticantes e até final do ano tem que atingir a meta de 55 países praticantes. O Brasil é o 41º país praticante e o primeiro do América do Sul " Nossa meta e criar uma confederação Sul Americana de Corfebol e iremos começar a divulgar em demais países do continente para que possamos ter um competição sul americana.
A BUSCA POR UM JOGO INCLUSIVO
No início do século XX, quando o corfebol foi criado, a Associação de Amsterdã procurava um jogo que pudesse ser praticado por crianças, jovens e adultos e que reunisse os 2 sexos na mesma equipe. Nesta época não era permitido mulher praticar esporte, muito menos com homem. Por isso Nico Broekhuysen, pensou numa prática fácil de ser aprendida, com regras pedagógicas de igualdade, onde homens e mulheres tem as mesmas possibilidades, independente de idade, estatura, força etc. Em Holandes a palavra Korf (Corfe) significa "Cesta" e bol de (Ball) bola em inglês. Em 1933 foi criada a Federação Internacional de Korfball (IKF), com sede na Holanda. Reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional há 13 anos. Com cerca de 300 mil praticantes em todo o mundo. No Brasil existem cerca de 7 equipes todas treinadas pelo professor Marcelo Soares, que acumula com as funções de técnico, árbitro e de presidente da Confederação Brasileira de Korfball (corfebol) KFB. A copa do mundo de Corfebol está programada para acontecer na República Tcheca, ainda este ano. A revista Internacional de Korfball destaca o professor Marcelo Soares com o difusor e autoridade máxima no desporto no Brasil, onde iniciou há 7 anos a divulgação do desporto.
Saiba mais sobre Corfebol e professor Marcelo Soares
Prof. Marcelo Soares: (21) 88190278 msn: profmarcelosoares@hotmail.com
International Korfball federation: www.ikf.org
Corfebol Brasil: www.hpg.ig.com.br
portal educação física: www.educaçãofisica.com.br (seção colunistas)
Centro Esportivo Virtual (CEV) www.cev.org.br lista de discussão do Corfebol
Site do meier: http://sitedomeier.com/corfebolbrasil/
Blogger do Corfebol: http://www.corfeblog.blogspot.com/
Fontes:
Revista Nova Escola - Matéria Debora Didonê - Fevereiro de 2006
Revista Mundo Estranho - Setembro de 2005
Diario Lance - Agosto de 2005
Matérias diversas do Jornal o Globo
Jornal do Brasil
Diario da Tarde
Revista Coquetel
Jornal dos Esportes
Vídeos youtube corfebol (Ana Maria Braga, Jornal Nacional, Esporte Espetacular, Rede Record, Rede CNT, SBT, TV Alterosa)
